Turmas do Ensino Fundamental II realizam estudo do meio em PETAR
As turmas do Ensino Fundamental II (6° ao 9° ano) realizaram atividades de estudo do meio em viagem ao Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR).
Os estudantes estiveram no parque, localizado no sul do estado de São Paulo, entre os municípios de Apiaí e Iporanga, entre os dias 4 e 6 de setembro, onde tiveram a oportunidade de vivenciar diversas atividades que vinham sendo discutidas em sala de aula.
Todas as atividades foram acompanhadas pelos educadores da Quíron e por guias locais.
Confira, a seguir, os relatos da equipe de coordenação referente aos três dias de atividades de estudo do meio em PETAR:
Dia 1 – 04/09/2023
Quilombo Ivaporunduva
Nosso primeiro dia foi repleto de atividades. Saímos do colégio cedo e pudemos observar a bela paisagem de mata atlântica na rodovia Régis Bittencourt. Ao nos aproximarmos da primeira parada, vimos como o plantio de banana é presente na região do Vale do Ribeira.
Nossa primeira atividade foi a chegada e primeiras conversas com as lideranças do Quilombo Ivaporunduva, que nos serviram um delicioso almoço com muitas alimentos plantados pela e na comunidade, como arroz, feijão, palmito pupunha, banana, suco de limão e de pupunha e outras delícias.
Em seguida, escutamos um pouco da fala de um líder comunitário chamado Zé Rodrigues, que nos contou sobre a história do Quilombo, sobre sua infância no local, os saberes da comunidade e respondeu às perguntas dos estudantes. Adiante, o grupo foi separado para realizar três vivências sobre caça e pesca, agricultura e culinária. Um momento muito interessante e importante para as pesquisas do Projeto Anual.
Ainda no Quilombo, visitamos a igreja que data do século XVII e que serve como ponto de encontro e reuniões de caráter deliberativo da comunidade. Na pousada após o jantar, os estudantes retomaram o caderno de campo para organizar seus relatos desse primeiro dia.
Dia 2 – 05/09/2023
Cavernas do PETAR
O segundo dia de nossa viagem foi um mergulho na espeleologia! Os grupos de 6° e 7° ano visitaram três cavernas, cada uma com seus encantos. O grupo do 8° e 9° fez um passeio radical, com direito a rapel!
Acompanhados de monitores da Quíron e locais, que são especialistas em ambientes cársticos (cavernas calcáreas), descobrimos que a formação das cavernas sempre tem relação com corpos d’água, seja a chuva, seja um rio ou águas subterrâneas.
Conseguimos perceber as diferentes formações geológicas ao observamos estalactites, estalagmites, colunas, cortinas, além do impacto ambiental oriundo das lanternas carbureteiras que foram proibidas no parque, em 2008, devido a fuligem que ‘sujava’ os espeleotemas. Foi muito interessante associar as zonas de iluminação da caverna – fótica, bem iluminada como a entrada da caverna; penumbra, com iluminação parcial; e as zonas afóticas, ambientes de ausência de luz – com as formas de vida específicas de cada um desses ambientes.
Vivenciamos o blackout, quando são apagadas todas as lanternas, para perceber quão escuro é um ambiente de caverna e nesses momentos os monitores contaram algumas histórias e curiosidades sobre a mudança de percepção do tempo nessas condições.
Geralmente, as pessoas perdem a noção do tempo e isso pode inclusive alterar o relógio biológico. Dessa forma, ficou evidente como a luz solar é determinante para o funcionamento da organização cotidiana de nossas vidas.
Para coroar um dia tão intenso, tivemos um momento divertido e relaxante nas águas cristalinas de uma das piscinas naturais do PETAR. Vale a pena lembrar ainda, que além da vivência nas cavernas, a entrada e a saída do parque nos proporcionou observar a exuberante mata atlântica e sua grandiosidade na maior área de preservação desse bioma no Brasil.
Dia 3 – 06/09/2023
Cavernas do PETAR
O último dia do estudo do meio no PETAR começou com uma caminhada agradável na mata atlântica e uma prosa com os monitores sobre a importante luta comunitária contra uma possível privatização do parque que, segundo a interpretação dos trabalhadores do turismo da região, pode trazer consequências econômicas prejudiciais ao turismo local.
Para fechar nossa incrível viagem, visitamos a caverna Alambari que exigiu coragem do grupo para encarar as águas frias dentro da caverna.
Depois de três dias de viagem, saímos mais informados sobre a história e a cultura quilombola, sobre o bioma da mata atlântica e sobre a geologia das cavernas. Mais do que isso, saímos com a certeza de que as turmas fortaleceram seus laços de amizade, algo muito elogiado pela equipe de monitores!
Chegaremos cheios de experiências para contar e com o fôlego renovado para o terceiro trimestre de 2023.