Estudantes realizam estudo do meio em São Sebastião
Por: Equipe de coordenação do Ensino Médio*
As turmas do Ensino Médio realizam atividades de estudo do meio em São Sebastião (SP). A cidade, localizada no litoral norte de São Paulo é reconhecida por ter belas praias, um centro histórico colonial e uma pequena aldeia Guarani administrada pela FUNAI.
As atividades foram realizadas com supervisão da equipe de professores e coordenadores, além dos monitores especializados da Quíron Turismo Educacional, grande parceira do Ofélia nos projetos de estudo do meio.
Confira os relatos da viagem!
Relato da viagem – dia 1
O primeiro dia de atividades do estudo do meio foi intenso e começou cedo. A partida de São Paulo e chegada em São Sebastião aconteceu de forma tranquila e foi possível observar a mudança de paisagem ao longo do caminho.
Durante o percurso, os/as estudantes começaram a aprofundar suas leituras no caderno de campo (instrumento pedagógico orientador de nosso estudo). Os/as estudantes foram conduzidos para a primeira atividade do dia: reconhecer o território do centro histórico, seguido de entrevistas com os moradores e trabalhadores da cidade de São Sebastião.
Depois, o grupo fez uma pausa para almoçar e seguimos para um momento de partilha das perspectivas coletadas nas entrevistas. Os/as estudantes puderam observar a dinâmica da população residente e trabalhadora e seus diferentes olhares.
Após esse momento, seguimos para a próxima atividade. Guiados pelos monitores da Prefeitura de São Sebastião, com uma caminhada histórica pelo centro, tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre o patrimônio da cidade como a Igreja Matriz e a Casa de Cultura de São Sebastião. Essa atividade teve encerramento no Quiosque Vida Marinha, onde os/as estudantes puderam conhecer sobre a biologia da região e os animais protegidos, tais como as diferentes espécies de baleias, tartarugas, dentre outras espécies.
O grupo visitou também a Defesa Civil, possibilitando conhecer o trabalho dos engenheiros e da equipe, junto à identificação das áreas de risco da cidade, bem como a perspectiva de prevenção a tragédias.
No final da tarde seguimos para a pousada na praia de Juquehy, foi um momento de acomodação e de relaxar depois de um dia intenso de experiências e pesquisas. Finalizamos o dia com o jantar, compartilhando as vivências e expectativas para o próximo dia de campo.
Relato da viagem – dia 2
Começamos o dia com um delicioso café da manhã na pousada e as preparações para as atividades do dia. Com o caderno de campo em mãos, os/as estudantes organizaram o que deveria ser feito durante o dia.
A primeira atividade aconteceu na Vila Sahy: uma vivência de capoeira Angola com o grupo do Mestre Val. Foi um momento de grande riqueza cultural, com trocas e sensibilidade, pois, além da prática musical e corporal da capoeira, os/as estudantes tiveram uma conversa sobre a identidade cultural, territorial, e um olhar sobre a tragédia na Barra do Sahy, que ocorreu em 2023. Um aspecto que ficou muito presente, foi que essa troca de ideias e experiências, fez parte da da capoeira, pois, como Mestre Val nos ensinou: “capoeira é tudo aquilo que a gente precisa que ela seja.”
Posteriormente passamos pela Baleia Verde, local para qual alguns dos habitantes da Vila do Sahy foram realocados após a tragédia. Também foi observado a região da Praia da Baleia, reconhecendo os contrastes na realidade social e economia da região.
Após o almoço, nosso grupo seguiu para a atividade na associação de moradores da região da Vila do Sahy – a Amovila, a fim de compreender a tragédia ocorrida, do ponto de vista da comunidade. Também fizeram uma caminhada e entrevistas com moradores da região.
A tarde foi finalizada com um momento de lazer na praia, que garantiu a integração da turma e um momento de vivenciar a bela praia de Juquehy. Após o retorno, o grupo foi para o jantar, compartilhando as vivências e expectativas para o último dia de campo.