Ofélia realiza Semana da Conscientização Digital com estudantes e famílias
As tecnologias vêm modificando permanentemente a maneira como as pessoas consomem informações e entretenimento. Em decorrência disso, temos mudanças também nas interações sociais, favorecendo novas formas de relacionamentos.
Ao ter que lidar com a questão no ambiente escolar, realizamos a Semana da Conscientização Digital, que contou com uma série de atividades realizadas entre os dias 20 e 24 de março, com os estudantes, e terminou no sábado, dia 25, num bate-papo das famílias com as psicólogas Dora Góes e Julia Burin, durante a Manhã de Convivência.
“Tivemos um encontro rico para educadores e famílias que juntos puderam alinhar os limites e o equilíbrio do uso das telas. As psicólogas trouxeram pontos importantes que pautaram a reflexão necessária e fundamental para a garantia de hábitos saudáveis e conscientes”, destaca a diretora executiva, Marisa Monteiro.
Semana da Conscientização Digital
Nossa Semana da Conscientização Digital foi pensada com a proposta de promover um debate sobre como as tecnologias podem ser aplicadas de forma construtiva e, principalmente, como evitar situações que levem a prejuízos e a adversidades que se estendam além do mundo virtual. Isso porque o uso desenfreado dos dispositivos digitais e das redes sociais, entre outros recursos tecnológicos, têm provocado dependência, falta de interação social e, até mesmo, prejuízos neurológicos.
Durante toda a semana foram discutidos os seguintes temas:
. Comportamento ético e seguro na internet;
. Marco Civil da Internet;
. Responsabilidade digital;
. Cultura do cancelamento;
. Liberdade de expressão;
. Limites morais, éticos e legais;
. Combate às fake news;
. Uso consciente da tecnologia.
Manhã de convivência
No sábado, durante a Manhã de Convivência, recebemos as famílias dos estudantes para um bate-papo com as psicólogas Dora Góes e Julia Burin. Na ocasião, elas esclareceram algumas questões relacionadas aos cuidados para evitar a dependência tecnológica.
Dora Góes é psicóloga clínica, terapeuta cognitiva comportamental e atua no Grupo de Dependências Tecnológicas do IPq, além de ser uma das autoras do livro ‘Como lidar com a dependência tecnológica‘ (Editora Hogrefe), em parceria com os psicólogos Cristiano Nabuco de Abreu e Igor Lins Lemos.
Já a psicóloga Julia Burin é especialista em Análise Bioenergética na Infância e Adolescência, pela PUC-SP e atua como psicóloga do Ofélia, realizando um trabalho semanal com os estudantes e com a equipe pedagógica do colégio.
“Eu fiquei bem impressionada com a organização do evento, como um todo, porque não é toda escola que faz esse movimento, inclusive de puxar para si parte da responsabilidade, orientando os estudantes e as famílias sobre o uso consciente da tecnologia. Porque da mesma forma que o uso da tecnologia pode atrapalhar, mas também pode ajudar. Foi um prazer enorme estar com os estudantes e também com as famílias para plantar uma sementinha e poder orientar. E a ação da escola é fundamental para poder fazer isso”, declarou Dora, após o encontro.
A psicóloga destacou ainda o interesse das famílias em participar do encontro.
“As famílias se mostraram bastante interessadas e achei legal que elas se expuseram. Vemos que são famílias com sede de informação e de troca e acredito que cada um saiu desse encontro pensando em alguma coisa ou indo buscar mais respostas. Minha intenção é exatamente que os familiares possam olhar para si e ver como eles podem fazer de melhor para poder criar filhos melhores.”
Para Daniela Smith, mãe de um estudante do 6º ano, o encontro foi muito positivo.
“Eu acho que esse tipo de conversa é essencial. Eu fui de uma geração que viu a internet surgindo, então eu tive que aprender a usar a internet, como me relacionar nas redes e como utilizar isso na minha vida. Eu tive que estabelecer esses limites pra mim e sinto muita dificuldade também de estabelecer esses limites pro meu filho. Então foi muito esclarecedor e estou levando algumas coisas que eu vou mudar na dinâmica da minha casa, porque já estabelecemos alguns limites, mas algumas coisas não estão dando certo. Por isso, vamos ter que rever esses combinados e essa conversa foi bem importante para ajudar a rever a dinâmica em casa.”
Confira um pouco de como foi o encontro com as famílias!